Dirigido por Eduardo Calvet, o programa faz uma abordagem da carreira do diretor Ivan Cardoso, criador de um gênero próprio de cinema que ele mesmo passou a denominar de "terrir", uma vez que sua obra mescla comédia, terror e erotismo. Desde o início da carreira, em 1970, já dirigiu 28 filmes, entre longas e curtas-metragens, alcançando sucesso de público com O Segredo da Múmia (1982) -- 300 mil espectadores -- e As Sete Vampiras (1986) -- um milhão de pessoas.
Sempre alegre e descontraído, conta que começou a fazer cinema como forma de driblar a timidez e se aproximar de garotas. Revela também que devido à lacuna de filmes sobre vampiros no Brasil dos anos 1970, decidiu ele mesmo produzir obras que abordassem o assunto, já que se interessava pelo tema na época.
O cineasta aborda ainda aspectos curiosos de sua cinematografia, como a produção do curta Nosferatu no Brasil (1971), cujo personagem principal é o famoso vampiro, que anda livremente pelas praias do Rio de Janeiro. Como foi produzido com o dinheiro da mesada que recebia do pai, não havia recursos para as filmagens noturnas. Segundo o diretor, a solução foi encontrada na poesia concreta: inserir no filme os dizeres "onde se vê dia veja-se noite."
As inspirações nos quadrinhos do "Anjo" e nos roteiros de terror de Francisco Luchetti também são explorados no documentário, apresentando um diretor que se apropria de certos gêneros do cinema assim como personagens clássicos dos "serial movies".
O programa conta com depoimentos de personalidades que participaram dos filmes de Ivan Cardoso, como Nuno Leal Maia e Leo Jaime -- presentes em As Sete Vampiras (1986) e O Escorpião Escarlate (1988) --, Karina Bacchi -- que atuou no longa mais recente do diretor, Um Lobisomem na Amazônia (2005), além do crítico de cinema Rodrigo Fonseca, do cineasta José Mojica Marins, dentre outros.
fonte: http://ideographrj.blogspot.com/2009/11/teste-de-postagem.html
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